23 Guerreiros

24/11/2012

侍 Guilherme Andrade 侍 23 Samurais 固執 Guerreiros Do Mundial 2012


 

侍 Guilherme Andrade 侍 23 Samurais 戦士2012
Guilherme Andrade da Silva
31 de janeiro, 1989
Deixou sua casa, no interior de Minas, para tentar a sorte no futebol aos 13 anos, no Brasilis. Passou pelas categorias de base do São Paulo e se destacou na Ponte Preta, onde eliminou o Timão do Paulistão-2012 e chamou atenção de Tite
Algumas das primeiras palavras ouvidas por Guilherme Andrade quando chegou ao Corinthians foram de Tite:
– Gostei muito da marcação que você fez no Danilo quando jogou contra nós. Você veio pra cá porque tem essa qualidade, e no domingo quero que faça a mesma coisa contra o Neymar.
Em sua estreia, o mineirinho de 23 anos teria, simplesmente, que anular o melhor jogador do país. Nervoso? Nada. Isso era pouco para quem não se esquece do dia em que, dez anos atrás, trocou sua casa, em Montes Claros, interior de Minas Gerais, pela escolinha de futebol do ex-zagueiro Oscar, em Águas de Lindóia, município paulista.
– A cena não sai da cabeça. Eu na porta do alojamento, e minha mãe entrando no carro, olhando para trás, dando tchau e chorando. Chorei também. Tinha 13 anos, não conhecia ninguém. Virei pro lado e pensei: o que eu estou fazendo?
Hoje, ele sabe a resposta. Guilherme Andrade estava abrindo as portas para se tornar um dos guerreiros que lutarão pelo bicampeonato mundial do Corinthians, no Japão. E na primeira batalha da carreira, a “adversária” foi bem mais dura que Neymar: a própria mãe. Eram férias escolares em Porto Feliz, interior de São Paulo, quando um amigo do tio o convidou para disputar um torneio em sua escolinha de futebol. Faltava um garoto. Ele foi o último escolhido. Sábio dito popular: “Os últimos serão os primeiros”.

Guerreiros Do Mundial – GuilhermeAndrade
Guerreiros Do Mundial: Guilherme Andrade, Da Ponte Preta Para O Japão

Ex-Jogador Da Macaca, Que Foi Contratado Depois Da Libertadores, Conta A Sua História E Garante Muita Luta Para Conquistar O Bicampeonato Mundial Em Yokohama.

– A cena não sai da cabeça. Eu na porta do alojamento, e minha mãe entrando no carro, olhando para trás, dando tchau e chorando. Chorei também. Tinha 13 anos, não conhecia ninguém. Virei pro lado e pensei: o que eu estou fazendo?
Hoje, ele sabe a resposta. Guilherme Andrade estava abrindo as portas para se tornar um dos guerreiros que lutarão pelo bicampeonato mundial do Corinthians, no Japão. E na primeira batalha da carreira, a “adversária” foi bem mais dura que Neymar: a própria mãe. Eram férias escolares em Porto Feliz, interior de São Paulo, quando um amigo do tio o convidou para disputar um torneio em sua escolinha de futebol. Faltava um garoto. Ele foi o último escolhido. Sábio dito popular: “Os últimos serão os primeiros”.
“Até hoje só viajei para a Alemanha para disputar um torneio. Não sei se vou pro Mundial. Sou mineiro, né? Prefiro esperar”
O bom desempenho fez com que o tal amigo da família o quisesse indicar ao São Paulo, onde tinha certa influência. Mas dona Regina, secretária da escola em que o filho estudava em Montes Claros, não permitiu. Queria vê-lo estudando, e estabeleceu duelo caseiro com seu Sonio, o pai, jogador frustrado, que sonhava ver em Guilherme as realizações que não teve nos gramados.
A reunião, a portas fechadas, no quarto do casal, foi aguardada com ansiedade pelo adolescente. Era seu futuro sendo decidido sem sua participação. E para sua alegria, Sonio venceu. Teria início uma viagem inesquecível.
– Foi o caminho todo com ela chorando, e me dizendo para tomar todos os tipos de remédios, tomar conta das coisas, lavar minhas roupas, me alimentar direito… E no início deste ano, eu estava de férias em casa e a vi lavando roupa. Perguntei se ela se lembrava do dia em que me ensinou. A verdade é que não aprendi muito bem (risos).
Guilherme Andrade se considera o típico mineiro: quietinho, observador, desconfiado e comendo pelas beiradas. Assim, depois de um ano no alojamento, conseguiu a vaga no São Paulo, onde dividiu quarto com vários garotos. Um dos mais animados era Breno, zagueiro que hoje está na cadeia, na Alemanha, por ter incendiado a própria casa.
– Ele era o que mais brincava, eu sempre queria estar ao lado dele por ser um cara feliz. Achei muito estranho tudo isso que aconteceu, pela pessoa que ele era.



Sobre o Autor

Pablo
Coordenador de Suporte, Governador da República Popular do Corinthians e Louco pelo Timão!




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